No budismo Mahayana, Arya Tara representa a compaixão, a ação iluminada, aquela que purifica nossos estados mentais, afastando as perturbações.
A linhagem de Tara remonta ao indianos Nagamitra e Suryagupta, tendo sido enfatizada por Candragomin, Sarvajnamitra, Shantideva, dentre outros. A prática de Tara foi levada ao Tibete por Atisha Dipankara Srijnana, um dos fundadores da antiga escola Kadampa no século XI.
Nos ensinamentos budistas originários da Índia, praticam-se meditações voltadas para Tara Verde (a compaixão purificadora, a ação compassiva que remove os obstáculos à libertação do samsara) e Tara Branca (cura, boa saúde e longa vida), além de se evocar as diferentes qualidades de Arya Tara no hino às 21 Taras (também intitulado de prece das 21 Taras em português), Nesse hino as qualidades de Tara são representadas em 21 Taras de diferentes cores. Também há outro texto que exorta suas qualidades, intitulado "Os 108 Nomes de Tara".
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| Taranatha |
Tal tradição foi continuada pelas linhagens fundadoras das escolas Kadampa, Sakya, Jonang-Zhalu e Gelugpa.
Um dos grandes expoentes da tradição Jonang-Zhalu a enfatizar Tara, foi Taranatha (1576-1634), o "filho de Tara", último mantenedor da linhagem Jonang-Zhalu autêntica a viver no Tibete. Ele foi autor de uma importante obra sobre a linhagem de Tara.
O hino das 21 Taras evoca, de forma simbólica, diferentes qualidades de Tara para que as possamos ter em mente e desenvolvê-las dentro de nós mesmo. Tara Verde é a Tara principal e resume em si mesma todas as qualidades das outras Taras, podendo ser a única a ser visualizada quando se lê o hino e a mente se foca em tais qualidades.
O Mantra principal de Tara, incluindo todas as suas qualidades, é OM TARE TUTTARE TURE SVAHA!
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| 21 Taras, com Tara Verde no Centro |
